No episódio 100 do AmplificaCast, Eric Klein recebe Oscar Kenjiro, CEO da CogniESG, para um bate-papo necessário e direto sobre o futuro do trabalho e o que está em jogo com o avanço da inteligência artificial no mundo profissional. Em um momento em que empresas reestruturam equipes, funções desaparecem e novas competências são exigidas, a conversa mergulha fundo na realidade de um tema que já não é mais sobre o futuro, é sobre o presente.
Com décadas de experiência em tecnologia, dados e pesquisa em vida artificial, Oscar não se limita a previsões. Ele compartilha números, reflexões e provocações que afetam diretamente quem lidera negócios ou constrói carreira em um cenário em transformação. O ponto central do debate é claro: o futuro do trabalho será para quem souber se adaptar, e rápido.
A inteligência artificial não é uma ameaça, é um alerta
Oscar é direto ao afirmar que funções vão desaparecer, e isso já está acontecendo. Diversas empresas, inclusive no Brasil, anunciaram congelamento de contratações para reavaliar quais cargos podem ser assumidos por IA. O impacto disso vai além da tecnologia. Afeta decisões estratégicas, investimentos em talento e, principalmente, o posicionamento de profissionais e líderes diante das mudanças.
Mas Oscar não enxerga a IA como uma vilã. Ele a vê como um alerta poderoso: ou aprendemos a desenvolver novas habilidades, ou vamos assistir à nossa relevância profissional diminuir, dia após dia. O futuro do trabalho não vai esperar por quem tem medo da mudança.
O futuro do trabalho exige três habilidades essenciais
Para navegar com segurança neste novo cenário, Oscar destaca três habilidades-chave que não podem faltar em nenhum profissional que deseja se manter competitivo no futuro do trabalho:
Raciocínio lógico: é a base para compreender como as máquinas pensam e funcionam. Treinável, especialmente por meio da matemática, é uma competência que amplia a capacidade de resolver problemas com clareza.
Senso crítico: saber questionar as respostas da IA, identificar alucinações nos dados e interpretar corretamente os contextos. A IA entrega, mas é o humano que valida.
Criatividade: o verdadeiro diferencial humano. A IA acelera, mas quem cria soluções originais, conecta ideias e inova de forma contextual é você.
Essas habilidades não são um “plus”, são requisitos mínimos para sobreviver no novo mercado.
Profissões vão desaparecer. E agora?
Durante o episódio, Eric e Oscar discutem pesquisas que mostram que até 40% da força de trabalho no Brasil pode desaparecer até 2050. Em países como Japão e Estados Unidos, esse número pode chegar a 60%. E o alerta vai além: não se trata apenas de cargos operacionais. Áreas como direito, medicina, engenharia e até marketing estão sendo redefinidas pela automação.
A questão é: você está disposto a mudar antes de ser forçado a isso?
Oscar destaca que o futuro do trabalho não será gentil com quem resiste à adaptação. A zona de conforto, seja ela técnica ou emocional, será a primeira a ser atropelada.
Educação precisa se reinventar para acompanhar
Um dos trechos mais marcantes do episódio é quando Oscar critica o modelo educacional atual. Ele afirma que a escola ainda prepara pessoas para o século passado. Repetição, decoreba e pouca margem para criatividade, um formato que não prepara ninguém para o futuro do trabalho.
Para Oscar, a habilidade mais importante que alguém pode sair da escola ou universidade é saber estudar. Isso significa aprender com autonomia, interpretar conteúdos complexos, buscar soluções com agilidade e pensar de forma estratégica. Em um mundo onde tudo muda tão rápido, a capacidade de aprender a aprender será o maior ativo de qualquer profissional.
Menos emprego, mais propósito
Outro ponto forte do episódio é o debate sobre propósito e saúde mental. Oscar alerta para os riscos de uma sociedade que pode ter menos empregos, mas não mais felicidade. A substituição de funções repetitivas por IA pode liberar tempo, mas o que as pessoas farão com esse tempo?
A resposta está em reencontrar sentido naquilo que se faz. Trabalhar apenas para sobreviver não será mais suficiente. O futuro do trabalho precisa incluir espaço para o autoconhecimento, para a empatia, para o desenvolvimento de atividades que conectem o ser humano com algo maior do que apenas a produtividade.
O que o futuro do trabalho realmente exige de você
O recado final de Oscar é simples: o mundo está mudando, com ou sem você. Esperar não é mais uma opção. Adiar a reinvenção pessoal pode custar muito caro. O futuro do trabalho será mais fluido, menos linear, mais automatizado e, paradoxalmente, mais humano.
Desenvolver raciocínio lógico, senso crítico e criatividade são passos urgentes. Mas tão importante quanto isso é encontrar um propósito real, algo que faça você querer aprender, se adaptar e crescer mesmo quando tudo estiver diferente.
Assista agora e prepare-se para o que vem aí
Assista agora ao episódio 100 do AmplificaCast com Oscar Kenjiro e mergulhe em uma conversa profunda e provocadora sobre o futuro do trabalho. Descubra como desenvolver as habilidades que vão proteger sua carreira, impulsionar sua criatividade e garantir sua relevância em um mercado liderado por inteligência artificial. O futuro já começou. A decisão de se preparar também pode começar agora.
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