No episódio 98 do AmplificaCast, Eric Klein recebe Fabiano Nagamatsu, fundador da aceleradora Osten Moove, para uma conversa direta sobre os desafios e verdades da liderança em startups. O episódio expõe, sem rodeios, os bastidores de empresas que crescem, e das que não sobrevivem, por conta da forma como seus líderes enfrentam a realidade.
Com experiência como educador, investidor e mentor de mais de 20 startups, Fabiano revela os padrões de comportamento que definem o sucesso no ambiente mais volátil do mundo dos negócios: o das startups.
Liderança não é cargo, é ação diária
Segundo Fabiano, um dos maiores erros de fundadores é confundir liderança com posição hierárquica. Na prática, a liderança em startups se manifesta muito antes de qualquer cargo ou título. Ela aparece na forma como o empreendedor lida com desafios, toma decisões e se responsabiliza pelas consequências, principalmente quando dá errado.
O verdadeiro líder não espera condições ideais. Ele age. Analisa, ajusta, comunica e executa. Esse comportamento, segundo Fabiano, é o que separa fundadores que conseguem tracionar o negócio daqueles que ficam presos em ciclos de improviso e desculpas.
A diferença entre fundador e líder
Nem todo fundador é líder, e essa é uma verdade dura para o ecossistema. Muitos criadores de startups têm uma ideia brilhante, uma bagagem técnica sólida, mas não conseguem liderar times, construir cultura ou tomar decisões difíceis.
Fabiano compartilha que, em vários casos, decidiu não investir em projetos promissores justamente porque os fundadores demonstravam falta de maturidade para liderar. Liderar em uma startup exige mais do que visão: exige responsabilidade, escuta ativa e coragem de abrir mão do controle.
A liderança em startups é, acima de tudo, uma habilidade relacional. Quem ignora isso, compromete o crescimento da empresa desde o início.
Fabiano Nagamatsu e a cultura da formação de líderes
Na Osten Moove, Fabiano não apenas investe, ele forma. Aceleradora, para ele, não é um cheque: é um processo. É por isso que um dos pilares da Moove é desenvolver a liderança em startups desde o dia um. Fundadores são acompanhados de perto em mentorias, decisões difíceis e correções de rota.
Fabiano já acompanhou negócios que cresceram 10 vezes em poucos meses, e outros que ruíram rapidamente. O que fez diferença? A capacidade de liderança dos fundadores diante da pressão. Em contextos de incerteza, o que sustenta uma startup não é o produto, é quem está no comando.
O caso Syn Saúde: coragem é liderança em movimento
Durante a conversa, Fabiano compartilha a história da healthtech Syn Saúde, liderada por Ana Lemos. A startup conecta pacientes a hospitais e cirurgias de forma acessível, usando inteligência artificial para otimizar a ocupação de leitos hospitalares.
O que chamou a atenção de Fabiano não foi apenas a proposta inovadora, mas o gesto da fundadora: ela vendeu seu único patrimônio para bancar o MVP. Para ele, essa atitude representa um tipo raro de liderança em startups: aquela que assume o risco com coragem, visão e comprometimento real.
Essa postura é mais poderosa que qualquer pitch ou métrica. E foi isso que consolidou a confiança necessária para que a Moove entrasse como investidora.
Liderar é formar cultura, não apenas crescer
Um ponto forte do episódio é a crítica à busca cega por escala. Segundo Fabiano, muitos fundadores querem crescer rápido, captar investimento e “bombar nas redes”, mas se esquecem de que startup não é sprint, é maratona.
A liderança em startups passa pela construção de cultura organizacional desde o primeiro funcionário. Sem cultura, não há retenção de talentos, não há alinhamento de propósito, não há time que aguente os altos e baixos naturais de um negócio em crescimento.
E cultura, como ele reforça, não é o que se escreve no slide de missão. É o que se vive, se cobra e se tolera no dia a dia da operação.
Fundadores precisam liderar com equilíbrio
Fabiano também aborda o papel da saúde mental na jornada do líder. A pressão constante, a tomada de decisão sob incerteza e a cobrança por resultados podem destruir emocionalmente o empreendedor despreparado.
Por isso, a Osten Moove analisa comportamento, perfil de liderança e até sinais de burnout em fundadores. Uma medida prática para garantir que a liderança em startups seja sustentável, e não apenas heroica.
Um líder quebrado emocionalmente não consegue conduzir nem a si mesmo, quanto mais uma empresa em expansão. A saúde do negócio é diretamente proporcional à saúde do líder.
Como desenvolver uma liderança forte em startups
Esse bate-papo entrega uma visão prática e urgente sobre os desafios da liderança em startups. Fabiano Nagamatsu, com sua bagagem como mentor, investidor e educador, mostra que o sucesso de uma startup não depende apenas da solução ou do funding, depende de quem está no comando.
A liderança em startups é construída com atitude, decisão, escuta e coerência. Não se trata de ser carismático ou saber falar bem. Trata-se de agir com responsabilidade, formar cultura e sustentar o crescimento com visão de longo prazo.
Assista agora ao episódio 98 do AmplificaCast e mergulhe em uma conversa direta e transformadora sobre o que realmente constrói uma liderança forte em startups.
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